quarta-feira, 1 de novembro de 2017


Horta Orgânica Comunitária Girassol é selecionada e reconhecida pela ONU, para a primeira exibição anual da Feed Your City.

Feed Your City trata se de uma iniciativa que busca encorajar a produção agrícola em comunidades em grandes cidades. Sete hortas urbanas forma selecionadas, sendo quatro (4) brasileiras, para serem apresentadas em uma exposição impressa, exibida nas Nações Unidas. São elas: Horta das Corujas, a Casa do Bom Menino, a Horta Comunitária de Calçada Cristo Rei e a Horta Comunitária Girassol.

As avaliações para o reconhecimento especial se basearam nos seguintes critérios: #Sustentabilidade#Inovação #Envolvimentodacomunidade #Segurançaalimentar#Participaçãodajuventude #Resiliência
Estas observações, juntamente com outras seis propostas de qualificação, serão publicadas no site da ONU e compartilhadas através de meios de comunicações sociais, em reconhecimento aos esforços para uma agricultura urbana sustentável e uma participação comunitária.

Exposição de impressão:
América do Sul
Plantando e Aprendendo - Piracicaba, São Paulo, Brazil - (Casa do Bom Menino)
Horta Das Corujas - Vila Beatriz, São Paulo, Brazil - https://www.facebook.com/groups/hortadascorujas/
Horta Comunitária de Calçada Cristo Rei - Curitiba, Paraná, Brazil

América do Sul
Huerto Urbano La Arboleda-São José, Costa rica

América do Norte
462 Halsey Community Farm-Brooklyn, Nova Iorque, EUA-www.462halsey.com
Kelly Street Garden Bronx-O Bronx, Nova Iorque, EUA
"Jardim de demonstração" da cidade - Vancouver, Canadá-www.cityfarmer.info

Online:
Horta Comunitária Girassol-Brasília, Brasil
Centro Comunitário de kingsbridge - o Bronx, Nova Iorque, EUA-http://www.khcc-nyc.org/p…/nutrition-and-food-access-program
Urban Harvest Stl-ST. Louis, Missouri, EUA
Huerto Tlatelolco-Cidade do México, México
Jardim de comida e aprendizagem ao ar livre no ubc jardim botânico - Vancouver, Canadá
Fleet Farming-Orlando, Flórida, EUA

Mais informações, acessem:

segunda-feira, 30 de outubro de 2017


Com cinco mil metros quadrados, a Horta Girassol é considerada a maior horta urbana do Distrito Federal e está situada em São Sebastião, a cerca de 20 km de Brasília (DF). É neste espaço produtivo, que o Projeto Horta Orgânica de Inclusão Social e Cidadania é desenvolvido, com o objetivo de ensinar a alunos com deficiências físicas e/ou intelectuais, e seus acompanhantes, sobre alimentação saudável, cuidados com o meio ambiente e comercialização da produção.
Os 15 alunos e acompanhantes atendidos recebem aulas teóricas e práticas duas vezes por semana, em contraturnos escolares. Uma das integrantes é a estudante de pedagogia Elaine de Sousa Ribeiro, de 23 anos. A jovem está no projeto desde o início e já colocou em prática o que aprendeu. Na Horta Girassol, ela já produziu: rabanete, jiló, tomates, couve, entre outros. Levou-os para casa, e também os preparou para o consumo familiar. “Eu acredito em uma alimentação saudável. No mercado tem muito agrotóxico e isso afeta a nossa qualidade de vida. E ainda sinto uma paz cultivando”, afirma.
Fruto da iniciativa da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência do Banco do Brasil (Apabb), em parceria com a comunidade, com o Instituto Cooperforte e com o Instituto Federal de Brasília (IFB) Campus São Sebastião, o projeto, que nasceu em janeiro deste ano, oferece uma formação inicial e continuada, e com direito à certificado de conclusão. Os integrantes produzem e montam as cestas semanais com produtos orgânicos para vender. O dinheiro de cada venda é dividido entre os alunos e também utilizado para a manutenção do local.
De acordo com o diretor da Apabb, Francisco Djalma de Oliveira, não há, no país, outra iniciativa de inclusão de pessoas com necessidades especiais na produção e comercialização da agricultura em uma área urbana. “Um dos nossos propósitos é incluir as pessoas com deficiência na sociedade por meio de geração de emprego e renda. E, com a produção, remunerar o trabalho deles e estimular o engajamento e a viabilidade econômica de cada um”, destaca.
O curso foi dividido em quatro módulos. O primeiro foi sobre direitos e cidadania, o segundo sobre sustentabilidade e meio ambiente, o terceiro teve como tema o empreendedorismo e o último traz a temática de produção orgânica e agroecológica. Segundo o professor de química do IFB, Robson Caldas de Oliveira, o projeto é inovador e bom para todos, inclusive para capacitar os professores. “Eles estão aprendendo a conviver com o público, como ensinar e apoiar o desenvolvimento desses estudantes. Está sendo um ganho de todas as partes. A gente quer mesmo é fortalecer e continuar esse curso nos próximos anos e, principalmente, tentar aumentar a oferta de vagas.”
Os alunos contam com um acompanhamento nas atividades pós-projetos, até o meio de 2018, para ver como eles estão se desenvolvendo e como está sendo o ganho para a geração de renda deles.
Do lixão à produção
Em agosto de 2005, na cidade-satélite, foi constatado um surto de rantavirose. Dez pessoas morreram, inclusive a vizinha da líder comunitária Hosana Alves do Nascimento. “Na época, a gente ficou desesperado por não saber o motivo. Quando a população foi informada que a doença era gerada pelos ratos, todos entraram em alerta, principalmente porque tinha um lixão no espaço da atual Horta.”
A vizinhança iniciou então a limpeza no ambiente e começaram a receber assistência da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), que orientou os voluntários a cercar o ambiente que seria a Horta. O que no início eram apenas dois canteiros, hoje, conta com cinco mil metros quadrados, cuida de três nascentes e está finalizando o processo para receber o selo de produção orgânica. “O trabalho foi crescendo e fomos agregando projetos. Hoje, tem uma galera que não desgruda mais”, diz Hosana.
Foi iniciado na Horta um sistema agroflorestal e o próximo passo, de acordo com a líder comunitária, é a instalação de um galpão para melhorar a produção.
Desde o início, a Emater-DF oferece ajuda para os trabalhadores melhorarem a produção da Horta, que hoje pertence ao Projeto de Agricultura Urbana da Empresa.
Serviço:
Monte sua cesta com os seguintes itens orgânicos: abobrinha, alface, temperos, salsa, cebolinha, erva para chá, alecrim, erva-doce, beterraba, manjericão, açafrão, entre outros.
Faça seu pedido pelos números: 61 3102-9984 / 98161-4596 / 98161-9379 
São quatro cestas, por mês, por R$110 mensais.
Assista abaixo o depoimento de uma das alunas do projeto.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017


Os estudantes participantes do projeto “Horta de Inclusão Social e Cidadania de São Sebastião” começaram nesta terça-feira, dia 03, a comercialização das cestas de alimentos orgânicos.
Onze estudantes deficientes e três acompanhantes vêm sendo capacitados por professores do Instituto Federal de Brasília – IFB/Campus São Sebastião e realizando vivências práticas de produção de hortaliças na Horta Comunitária Orgânica Girassol nos últimos meses.
Com apoio da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de funcionários do Banco do Brasil e da comunidade Núcleo Regional Distrito Federal (APABB-DF) serão fidelizadas até 18 quotas de cestas semanais com ao menos seis diferentes variedades de hortaliças. As primeiras cestas foram preparadas com beterraba, cheiro verde, couve, abobrinha, repolho, rúcula, alface, manjericão, alecrim e erva doce.
O objetivo desta etapa é remunerar os estudantes por seu trabalho, de forma a aplicar os conhecimentos adquiridos no curso e a estimular sua inserção socioprodutiva. Paralelamente, os parceiros do projeto, com apoio a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (EMATER-DF), estão trabalhando para obter a certificação orgânica da Horta Girassol a fim de agregar valor aos produtos.
Os produtos estão sendo vendidos na forma de cestas semanais com ao menos seis itens no valor de R$ 110,00 mensais. São cestas familiares que são adquiridas por meio da APABB a quem tiver interesse, seja da comunidade ou não. Os estudantes também levam porções para casa (renda indireta) e eventualmente fazem a venda direta no projeto "Quitanda IFB" do Campus São Sebastião.
O projeto é realizado pelo IFB/Campus São Sebastião por meio de seu Núcleo de Estudos Agroecológicos (NEA) e do Grupo de Pesquisa em Organizações, Gestão e Sociedade (GEOGS), Horta Girassol, APABB-DF e Campus Planaltina. A iniciativa é fomentada pelo Instituto Cooperforte e pela Chamada MCTI/MAPA/CNPq nº 02/2016.
Para quem tiver interesse em adquirir as cestas, os telefones da APABB-DF disponíveis para mais informações são: (61) 3102-9984, 98161-4596 e 98161-9379.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Há quase 30 anos o Farmácia Viva distribui medicamentos fitoterápicos à população. Iniciativa é uma forma de preservar o saber popular.


Os fundos da chácara que abriga o Instituto de Saúde Mental (ISM) do Distrito Federal, no Riacho Fundo I, guarda um tesouro. Na verdade, sete. O terreno, a cerca de 30 minutos do Plano Piloto, é a casa de plantas de diferentes cores e tons de verde, frutos e folhas de tamanhos variados que viram remédios em forma de chá, extrato alcoólico, pomada ou gel e são distribuídos gratuitamente para a população. É o encontro da natureza com os saberes popular e científico. Ali, o discurso sobre as condições precárias do já sucateado sistema de saúde pública, pelo menos em alguns metros quadrados, se descola da realidade.

Quando o farmacêutico Nilton Luz Netto Júnior passeia pelo local, explica com amor de pai o projeto Farmácia Viva, onde está há 25 anos e sobre o qual hoje responde como chefe. Fala com intimidade das espécies ali cultivadas e do valor de cada uma delas para combater males como infecções respiratórias, dores musculares, doenças de pele e ansiedade. Atualmente, sete plantas dividem espaço no horto instalado no ISM, além de plantações parceiras na Papuda e no Centro Nacional de Recursos Genéticos, na Embrapa.


Os benefícios do guaco, boldo, alecrim-pimenta, funcho, aloe vera, confrei e da erva-baleeira são estudados à exaustão, extraídos artesanalmente através de tecnologia simples, mas eficaz, e distribuídos a pacientes em 22 unidades de saúde espalhadas pelo DF.

Medicina do povo para o povo “Para algumas doenças, sequer há outra alternativa na rede pública que não os medicamentos naturais”, comenta o farmacêutico. Para micose e frieira, por exemplo, diagnósticos que infestam os postos de saúde na época de chuvas abundantes, a única alternativa gratuita é levar para casa um pote de gel de alecrim-pimenta.

Se o problema for dor muscular, o gel de erva-baleeira é um poderoso anti-inflamatório de uso tópico. “Penetra nas camadas mais profundas da pele e alivia as dores. Usamos ele no Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] aqui no DF. E não para os pacientes, mas sim para os funcionários”, comenta Netto Júnior.

O uso da chamada medicina tradicional na rede pública, com uso de plantas medicinais, não é exatamente novidade no Brasil. O projeto de Brasília, no entanto, tem status especial: aos 28 anos de idade, é um dos pioneiros do país. Em terra de seca, fez brotar plantas raras.

O próprio alecrim-pimenta, arbusto silvestre original do nordeste brasileiro, foi trazido por um dos maiores nomes da pesquisa em fitoterápicos do país, o farmacêutico e ex-professor da Universidade Federal do Ceará Francisco José de Abreu Matos. “Ele dizia que se a mulher dele tivesse que ter ciúmes, seria dessa planta”, brinca o responsável pelo Farmácia Viva.

Os achados e as pesquisas de Matos foram incorporados pelo Ministério da Saúde na criação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, em 2006, quando a coisa aqui em Brasília já andava há mais de 15 anos. Foi o cearense quem fez dos quintais do planalto a extensão do projeto que criou em sua terra natal: “a planta do povo para o povo”, ele dizia.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


Tancredo Maia, 69 anos, diz que, quando a comunidade chegar a 40 integrantes, a produção da chácara estará garantida

Imagine receber alimentos orgânicos na porta de casa. Produtos produzidos com a sua ajuda. Assim como o nome, eles estão livres de agrotóxicos, e você pode acompanhar e participar de todo o processo até chegar à sua mesa. Foi isso que os moradores da 706 Sul quiseram fazer. Eles formaram um grupo de 11 pessoas e criaram, em dezembro do ano passado, a Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) chamada Verde que te Quero Verde. Na semana passada, eles participaram do primeiro dia de plantio da chácara, localizada no Lago Oeste.

A CSA funciona com parceria entre os produtores orgânicos e os membros da comunidade, denominados coagricultores. Assim, a produção passa a fornecer os produtos plantados e colhidos aos participantes, que ajudam com a contribuição financeira do espaço. Toda  semana, após a colheita, eles recebem mais de 10 itens de verduras, frutas e legumes em casa. Como eles prezam pela safra natural, os alimentos passam pelo processo voluntário de crescimento, ou seja, sem a ajuda de produtos que alterem a propriedade daquilo que será ingerido. Assim, eles esperam o tempo certo de cada fruto para consumo. Para a funcionária pública e participante da comunidade, Teresa Zanolla, 53 anos, a ideia é aproveitar o que a terra vai ofertar de volta. “Agora somos adaptados ao que ele (o agricultor) oferecerá. Não é uma cultura forçada. Cada produto tem sua época”, diz.




Saúde
O grupo conta que, no Brasil, há cerca de 60 CSAs. Desse total, 21 estão em Brasília. De acordo com a conselheira de direitos humanos, Moema do Prado, 57 anos, a ideia do projeto é que eles possam ter alimentação saudável, procedente de melhores condições ambientais e com a vantagem de conhecer e confiar em quem produz o que é consumido em casa. “Você sai da cultura do preço e entra na cultura do apreço. O apreço pela comida saudável, o apreço pela terra, pela valorização do agricultor. Ainda mais que estamos falando em orgânico. Esse apreço é que faz a diferença”, afirma.

A farmacêutica Patrícia Teixeira, 43 anos, acredita que o projeto vai na contramão do que acontece hoje nos mercados, já que muitas pessoas optam pelos produtos enlatados. Além disso, para ela, é uma oportunidade de participar do processo do alimento até chegar à mesa de casa. Além disso, na cozinha, o menu mudou bastante. Por ter duas filhas, uma de 8 meses e outra de 13 anos, agora ela consegue dizer exatamente o que está sendo ingerido. Antes, o problema era não conseguir achar os produtos orgânicos em feiras e, agora, a facilidade é aproveitar a mudança de sabor da fruta, dos legumes, e atestar a condição mais saudável com que eles são preparados. “Se eu tenho a oportunidade de oferecer para mim e para minha família um produto mais saudável, por que não? É questão do livre arbítrio de cada um”, afirma.




"O apreço pela comida saudável, o apreço pela terra, pela valorização do agricultor. Esse apreço é que faz a diferença”
Moema do Prado, 57 anos, conselheira de direitos humanos


Outro membro da comunidade, Tancredo Maia, 69 anos, explica que a meta é que o grupo chegue a 40 membros. Isso porque, apesar da ajuda financeira, a chácara, onde os alimentos são plantados, ainda precisa vender alimentos em feiras para continuar tendo verba para funcionar. Mas isso é um problema, já que nem sempre eles conseguem vender todos os produtos necessários, por inúmeros motivos diferentes. “Quando chegarmos aos 40, nós vamos garantir a produção da chácara”, explica.
Outra característica do grupo é a grande ligação entre os dois elos. Para a aposentada, Elizabete Braga, 68 anos, mesmo que algum problema ocorra na plantação, eles são compartilhados entre as duas partes. “Todos os riscos do agricultor são nossos também”, afirma. O agricultor Ronaldo Wolf, 33 , trabalha no plantio e explica que cada membro do projeto pode visitar e frequentar a propriedade. Com isso, a credibilidade do trabalho cresce, uma vez que os consumidores fiscalizam todo o processo. Para a produção, ele explica que tudo é estudado: desde o clima, como a época certa, e o tempo necessário para que cada alimento cresça naturalmente. “Tem uma frase que diz: você é o que você come. Então, a tendência orgânica segue o princípio da homeopatia. Você vai contornando para que não tenha deficiência no organismo. Comendo mais saudável, a tendência é que você fique o mais longe da farmácia”, explica o agricultor.








Disponível no site Correio Braziliense. Acesso em 30/01/2017.

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